sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Projovem Urbano em Petrolina encerra as inscrições neste sábado


Terminam amanhã, as inscrições para o Programa Projovem Urbano 2013, em Petrolinapara estudantes entre 18 e 29 anos que não concluíram o Ensino Fundamental. A proposta é dar oportunidade aos jovens de concluir a etapa escolar e possibilitar uma vaga no mercado de trabalho por meio de curso profissionalizante. Por meio do programa, os inscritos vão receber uma bolsa auxílio de R$ 100 mensal, matéria didático e escolar.

De acordo com Heitor Bezerra Leite, secretário de educação, o ProjovemUrbano busca atingir a meta de 400 inscritos, no intuito de aumentar o nível de escolaridade dos jovens na cidade e, que este dado, venha a contribuir com a pesquisa nacional. O curso tem duração de 18 meses.

No momento da inscrição, que acontece das 14h às 20h, os candidatos devem levar xerox e originais dos documentos (RG, CPF, certidão de nascimento, comprovante de escolaridade e comprovante de residência). Os locais de cadastro são as seguintes escolas municipais:


  •           Escola Municipal 21 de Setembro – Rua Aureliano Francisco Neto, nº 45, bairro José e Maria;
  • ·         Escola Municipal Julia Elisa Coelho – Rua Alto do Cocar, nº 90, bairro Alto do Cocar.
  • ·         Escola Municipal Paulo Freire – Rua 54, nº 80, bairro São Gonçalo;
  • ·         Escola Municipal Professora Laurita Coelho Leda Ferreira – Rua 10, s/n, bairro Vila Marcela.

Por: Amanda Santos

Um dicionário que informa características do sertão nordestino

Com o intuito de catalogar e criar novas palavras foi criado o site Lexiss, que entra no ar a partir de hoje. O site é um dicionário on line com verbetes de origem quilombolas, indígenas e de palavras sertanejas encontradas na literatura. A plataforma online é um projeto de pesquisa desenvolvido por alunos e professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) com apoio da a Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESP).

A lexicografia é uma disciplina com práticas cientificas que utiliza de maneiras teóricas e práticas na construção de um dicionário. O objetivo do site é manter viva a cultura da região através dessas palavras, como também capacitar experiências formativas interculturais para educadores e estudantes.

Considerando que o território do Sertão do São Francisco é rico em diversas características culturas e que na região semiárida podemos encontrar o que denominam de interculturalidade. Onde grupos sociais e outras sociedades interagem com diferentes culturas, seja ela, étnicas, indígena ou demais origens. O site vai contribuir para difundir toda essa riqueza cultural.

 O professor Cosme dos Santos, idealizador do projeto, explica como surgiu a ideia de criar o site; “é verdade que temos uma ausência de um dicionário léxico  gráfico para região do semiárido, e o Lexiss tem uma função nesse sentido, de que essa realidade seja visibilizada pela pesquisa através do dicionário”.

O Lexiss já possui mais de 350 palavras cadastradas para consulta, mostrando um diferencial dos demais dicionários existentes no mercado

Por: Adriane Lima

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Brinquedoteca – recuperando a arte de brincar

Apresentação nas escolas de Juazeiro
Foto:Arquivo Pessoal
Há dois meses, alunos da Escola Estadual Rotary Clube em Juazeiro, preparavam uma coreografia para comemorar o dia das crianças. A partir disso, surgiu a ideia de resgatar as antigas  brincadeiras, para os passos da dança e música.

A cada dia mais as crianças estão atraídas pelas novas tecnologias. Joguinhos, vídeos, e diversos aplicativos que seduzem meninos e meninas para o mundo virtual.  Por mais que a rede contemple variados tipos de jogos, inclusive educativos, muitas dessas crianças acabam perdendo a arte de brincar e desenvolver novas amizades. O que acaba gerando um breve esquecimento de brincadeiras consideradas de ruas como; amarelinha, pega- pega, pião e muitas outras.

O projeto intitulado Brinquedoteca, além de lembrar as antigas brincadeiras, também é uma forma de mostrar para esses meninos (as) como seus pais, avós e bisavós brincavam em suas respectivas épocas, quando não existia o uso da internet. Atualmente o grupo é composto por 12 alunos com faixa etária de 11 a 15 anos.

 Para o coordenador do projeto Herbet Gomes, a sociedade esta mais aberta à cultura em geral, mas, ainda consegue notar um pouco de preconceito gerado por ela; “Hoje a sociedade é mais aberta pra eventos culturais sejam eles de dança, música ou teatro. Quando falamos em dança o preconceito vem para os homens que são bailarinos, a mesma ainda tem uma visão em que só mulheres podem dançar”.

 Outra proposta do projeto é mostrar para os jovens do século XXI que também se pode encontrar diversão nesses tipos de brincadeiras denominadas “antigas”. Mesmo estando com pouco tempo de atuação, o Brinquedoteca trabalha de forma assídua na elaboração de futuros projetos culturais, a exemplo de um grande espetáculo, e na propagação de que outros jovens e crianças possam vivenciar e levar consigo  essas experiências. Finaliza Herbet Gomes.

Por: Adriane Lima

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Aprendizado a partir do lúdico

Realizar a reflexão sobre o sistema alfabética, incentivar o estímulo da consciência fonológica, e possibilitar que as crianças possam explorar o poder da escuta e pratiquem sua atenção em determinados sons de seu interesse, esse são os objetivos de uma atividade desenvolvida pelos alunos do curso de Pedagogia da Uneb, Campus III em Juazeiro.

A atividade foi executada a partir de orientações recebidas durante a disciplina Alfabetização e Linguística, baseada na fonética e fonologia. O uso de jogos manuais confeccionado pelos graduandos potencializa a construção do conhecimento pelos jovens que vão acompanhar as atividades.

Adeilda Martins, professora do curso de Pedagogia, apresenta as formas de aprendizado, “A gente pode alfabetizar letrando a partir do lúdico, que é o jogo. Então para que as crianças se apropriem do sistema alfabético, há essa possibilidade de ensinar a partir dos jogos, que são recursos lúdicos. Ele não deve ser o único, claro, a ser explorado nas práticas da sala de aula, mas é um recuso que potencializa a construção do conhecimento.”

Para apresentar o trabalho, os alunos promoveram a VII Amostra de Jogos Fonológicos: Brincando com a fonóloga para a construção do letramento, onde os jogos utilizados e os alunos que participaram desta experiência estiveram presentes.

Adriana Campana, aluna do 6º período de Pedagogia, afirma que: “Importante pensar na criança e refletir como ela vai jogar e como ela vai melhor a ciência fonológica. Ao aplicar os jogos é interessante vê a atuação das crianças e como ela se relacionou com o jogo pensado para elas.”

Por: Ana Carla Nunes

sábado, 23 de novembro de 2013

"Se assuma, ser negão é massa"

Na semana que é comemorado o dia da consciência negra (20 de novembro), fui surpreendida com uma história que nunca tinha pensado que existiria. Conversando sobre a maioria da população brasileira, já que 51% das pessoas se consideram negras, segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma psicóloga me confidenciou que certa vez escutou uma história, no mínimo curiosa, sobre uma criança negra.

Era uma menina, que sofria preconceito na escola, era chamada de apelidos pejorativos por causa da sua raça. Devido a essa aversão que os colegas sentiam por ela, a criança desenvolveu um sério medo de pessoas negras, não podia ver alguém negro na rua que começava a chorar e fazer escândalo onde estivesse. Certa vez, a mãe entrou no banheiro e a menina estava se olhando no espelho, falando “eu sou branca, meu cabelo é liso e eu sou linda”.

Depois de ouvir a história, comentei sobre a dificuldade que as pessoas têm em falar que o outro é negro. “É bem moreno, quase negro”, já escutei essa frase inúmeras vezes, minha vó sempre disse, “não existe raça morena, ou é branco, ou é negro”. Muitas pessoas temem em chamar a outra de negra, como se isso fosse uma espécie de termo ruim.

Percebi o quanto é difícil educar uma criança, a psicóloga explicou que o preconceito começa quando os pais chamam o colega por características pejorativas, como “aquele seu amigo, do cabelo ruim”. Concluir que os pais devem dar exemplos e prestar atenção no seu filho, porque muitas vezes deixamos de educar pessoas que vão contribuir para o crescimento do país, para criar monstros.



Por: Ana Marina Caldeira


domingo, 17 de novembro de 2013

A Educação Contextualizada como uma ferramenta transformadora




A região do Semiárido brasileiro é uma das regiões do Nordeste que mais sofre com preconceito e estereótipos. Tratada com um grande grau de inferiorização pelos demais estados, por estar localizada em uma região de clima seco, pouca chuva e com grande número de analfabetos e evasão escolar. Porém, pouco se discutem as potencialidades de desenvolvimento do Semiárido, possibilidades essas que são fortalecidas a partir de ações que correspondem às especificidades culturais, econômicas, sociais, educacionais e ambientais. Dentro dessas ações está a proposta da educação contextualizada.

Essa proposta é assegurada pela legislação que regula o sistema educacional no Brasil, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96) que foi promulgada em 1996. A partir dessa lei, as instituições de ensino devem trabalhar os conteúdos curriculares metodológicos de acordo com as necessidades dos estudantes e sua realidade local. A utilização de elementos contextualizados na prática de ensino começou a ser difundidos no Território do São Francisco em meados dos anos 90, pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA.

O Irpaa iniciou o trabalho de Educação Contextualizada com o Semiárido para os agricultores e agricultoras no espaço de educação não formal, porém de forma esporádica, alguns educadores participavam desse momento de construção de conhecimento, relacionando os conteúdos didáticos com a realidade ao qual estão inseridos os educandos. Porém, a partir de 1997, o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada, criou um setor pedagógico, que desenvolve atividades na formação de educadores, assessoria os municípios na elaboração e propostas de políticas pedagógicas.

A proposta de Educação contextualizada no Semiárido

A Educação Contextualizada é fundamentada na desconstrução do currículo educacional universalista, que desconsidera as particularidades de cada região e dos professores e estudantes.  A metodologia da educação contextualizada no Semiárido tem sido desenvolvida a partir de duas vertentes. A educação contextualizada no ambiente escolar das áreas rurais, sendo a educação contextualizada no campo.

A segunda vertente é a educação contextualizada para a convivência com Semiárido, que abrangem tanto as escolas rurais, como as da zona urbana. A partir dessa proposta o educador aborda e discute a região Semiárida e suas particularidades dentro do plano de aula, contribuindo na desconstrução dos estereótipos do chão rachado, além de auxiliar os estudantes na construção de um olhar crítico e transformador do contexto ao qual ele faz parte.

Hoje a educação contextualizada voltada para o Semiárido vem sendo colocada em prática por diversas escolas e instituições de ensino na região, a exemplo do curso de especialização e Convivência com o Semiárido e o Mestrado em Educação cultura e territórios semiáridos, que vai ter inicio na Uneb. Para geógrafa Luzineide Dourado Carvalho, e coordenadora do projeto Núcleo de pesquisa e extensão de educação contextualizada para convivência com o semiárido ( NEPEC),  o mestrado vai ajudar a enxergar que a região do Semiárido, tem suas características diferenciadas “estamos em um território que tem suas particularidades, especificidades, construção histórica e geográfica e cultural simbólica de perceber esse lugar aqui”. E que é necessário os professores estejam atentos a essas particularidades.

Por: Gisele Ramos

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Projeto Café Literário traz mais um dia de debate regional

Com uma xícara de café em uma mão e um livro na outra, muitas pessoas se debruçaram sobre obras literárias. Revistas, jornais e outros tipos impressos ou digitais, em se tratando das novas tecnologias, acompanham a tradição da bebida quente como acompanhamento de uma leitura. O Projeto Café Literário busca debater variados gêneros narrativos, a fim de aproximar os diferentes apreciadores literários para este diálogo na região do Vale do São Francisco.

Com a programação estendida de outubro a novembro, hoje (12) a partir das 17h, completa mais um dia de debate do "Café Literário" em Petrolina, que reúne nesta data a fotógrafa, jornalista e professora Silvia Nonata e a escritora, professora e atriz Kátia Cardoso sobre diferentes formas de produtos literários. 

Foto: arquiteto Cosme
Cavalcanti fala sobre o
Café Literário - ASCOM
“A importância do projeto é relevante para o próprio reconhecimento das obras da região. As pessoas tem a oportunidade de apreciarem melhor as produções literárias aqui do Vale”, apontou o idealizador do projeto Cosme Cavalcanti.

O evento organizado e financiado por Cosme tem o perfil de trabalho público, pois o acesso é gratuito e educativo. Os debates iniciam com a apresentação dos convidados, de forma que as pessoas presentes conheçam um pouco da sua carreira e obras, sejam elas livros e fotografias, por exemplo, e seu tipo de linguagem (forma e tema) na produção.


O evento acontece todas as terças, na Tenda de Arte e Arquitetura, na Rua Júlio de Melo, nº 102, Centro de Petrolina. Para mais informações, ligue: (87) 3861-3431.


Por: Amanda Santos

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um projeto que trabalha o incentivo à leitura



A Hora do Conto é um projeto desenvolvido por alunos do 4º período do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia, Campus III, em Juazeiro, sob a orientação da Professora Selma Maria Campos, durante a disciplina Educação Infantil.


Esse projeto tem o intuito de incentivar a leitura infantil e/ou infanto juvenil, explorando vários meios de linguagem como teatro, música, fantoche, poesia, dança, etc. As leituras acontecem de duas à três vezes, durante um período semestral.

Equipe de A Hora do Conto. Foto: Arquivo do grupo
O tema, as atividades e o figurino, são escolhidos pelos alunos, que divulgam o trabalho no Campus e na comunidade. Toda a turma participa, e os grupos são divididos entre: atividades, elaboração de materiais de apresentação e divulgação.

A estudante Katiuscia Maria da Silva, aluna do 4º período do curso de Pedagogia, informou que no último encontro promovido pelo projeto, estiveram presentes cinco escolas públicas e uma particular, durante 2 horas de apresentações, tendo como público alvo Crianças e adolescentes de diferentes idades, na educação infantil, Professores e toda a comunidade.

Apresentação do A Hora do Conto. Foto: Lizandra Martis 
“Nossa aprendizagem se dá pela prática de variadas metodologias pedagógicas, para ensinar de uma forma dinâmica e divertida. Não só leitura, mas todo o universo cognoscitivo em torno de todas essas atividades, que também desenvolvem a sociabilidade de todos os envolvidos”, afirma Katiuscia.

Os encontros acontecem no Anfiteatro Canto de Tudo da Uneb. O próximo ocorrerá em dezembro, mas ainda não tem data marcada.

Por: Cátia Lopes