História de um apaixonado pela literatura
Bruno, amante da literatura/ Foto:Arquivo pessoal |
Filho
de Pedagoga, Bruno Liberal, é um goiano que aos 3 anos veio morar em Petrolina,
Pernambuco. Neste ano, conquistou 1º Prêmio Pernambuco de Literatura, com o
livro de contos “Olho morto amarelo”. Engana-se quem imagina Bruno trabalhando
rodeado de livros literários, pelo contrario, ele é um economista, que durante
a faculdade (re) descobriu seu amor pela leitura e começou a “rabiscar” algumas
escritas.
O
prazer no hábito de ler foi adquirido na infância, explorando os livros da
biblioteca que sua mãe mantinha em casa. Ele não recorda qual foi sua primeira
leitura, mas cita Sidney Sheldon, como um dos escritores que conheceu ainda
criança. Apesar de iniciar cedo o gosto pelos livros, foi na Universidade Estadual
de Feira de Santana – UEFS, que a veia literária ganhou força.
Na
Biblioteca da UEFS, sua dedicação era com os romances clássicos, como Kafka, Saramago,
Graciliano Ramos, Guimarães Rosa. Leu mais livros literários do que os
relacionado com economia.
Neste
período, participou do seu primeiro concurso literário, através de um site
português, conquistando o segundo lugar, e aumentando o ânimo para mergulhar na
leitura e pela brincadeira de escrever, como ele mesmo refere-se a sua escrita
de contos. Porém, essa disposição não durou muito. Após a faculdade, sua
dedicação à carreira de economista, aliada com a responsabilidade familiar, não
permitiu que esse costume continuasse e por um longo período os livros
literários não fizeram parte de sua rotina.
Quem
sabe a tal famosa crise dos trinta anos, tenha sido o responsável pela volta de
Bruno para o “mundo” dos livros. Foi aproximadamente nesse período que ele
retornou a ler, lendo dois livros ou mais por semana e recomeçou a escrever. “A
inspiração para dar vida aos seus contos, surgi das situações cotidianas,
escrito de forma simples, geralmente com finais tristes, e com indício de
abandono e solidão”, explica Bruno.
Com o tom de voz suave e calma, Bruno, um homem de 32 anos, transmite
sua paixão pelo ato de escrever, e como as inquietudes vivenciadas pelos seres
humanos, inclusive as suas, ele utilizana criação dos contos. “Apesar de não
serem contos biográficos, você parte de uma experiência própria para
transformar aquilo em literatura”, comentou.
A
família desconhecia seu gosto pela escrita e de seus contos, guardados na
gaveta que foi reunindo no seu primeiro livro “Sobre o tempo”, em 2012. Mas foi
através do concurso promovido pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e
Secretaria de Cultura do Estado (Secult), que seu nome vem ganhando destaque e
reconhecimento na região Pernambucana.
Sua
intenção ao inscrever o livro “Olho morto amarelo”, que reune onze contos, no
concurso era ganhar a menção honrosa, entretanto uma mensagem no facebook
causou espanto e muita alegria. Entre as 192 inscrições de 35 cidades
pernambucanas, ele foi o vencedor e terá seu livro publicado pela Cepe Editora.
Homem
tímido, que hoje se senti como escritor, e no ato apaixonado de escrever, tenta
retrata a inquietação humana.
“Eu
escrevo talvez, porque eu quero me conhecer, quero saber de quem de fato eu
sou”
Por: Gisele Ramos
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