terça-feira, 15 de outubro de 2013

Das contas para os contos



 História de um apaixonado pela literatura

 

Bruno, amante da literatura/ Foto:Arquivo pessoal
Filho de Pedagoga, Bruno Liberal, é um goiano que aos 3 anos veio morar em Petrolina, Pernambuco. Neste ano, conquistou 1º Prêmio Pernambuco de Literatura, com o livro de contos “Olho morto amarelo”. Engana-se quem imagina Bruno trabalhando rodeado de livros literários, pelo contrario, ele é um economista, que durante a faculdade (re) descobriu seu amor pela leitura e começou a “rabiscar” algumas escritas.

O prazer no hábito de ler foi adquirido na infância, explorando os livros da biblioteca que sua mãe mantinha em casa. Ele não recorda qual foi sua primeira leitura, mas cita Sidney Sheldon, como um dos escritores que conheceu ainda criança. Apesar de iniciar cedo o gosto pelos livros, foi na Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, que a veia literária ganhou força.

Na Biblioteca da UEFS, sua dedicação era com os romances clássicos, como Kafka, Saramago, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa. Leu mais livros literários do que os relacionado com economia.

Neste período, participou do seu primeiro concurso literário, através de um site português, conquistando o segundo lugar, e aumentando o ânimo para mergulhar na leitura e pela brincadeira de escrever, como ele mesmo refere-se a sua escrita de contos. Porém, essa disposição não durou muito. Após a faculdade, sua dedicação à carreira de economista, aliada com a responsabilidade familiar, não permitiu que esse costume continuasse e por um longo período os livros literários não fizeram parte de sua rotina.

Quem sabe a tal famosa crise dos trinta anos, tenha sido o responsável pela volta de Bruno para o “mundo” dos livros. Foi aproximadamente nesse período que ele retornou a ler, lendo dois livros ou mais por semana e recomeçou a escrever. “A inspiração para dar vida aos seus contos, surgi das situações cotidianas, escrito de forma simples, geralmente com finais tristes, e com indício de abandono e solidão”, explica Bruno.


Com o tom de voz suave e calma, Bruno, um homem de 32 anos, transmite sua paixão pelo ato de escrever, e como as inquietudes vivenciadas pelos seres humanos, inclusive as suas, ele utilizana criação dos contos. “Apesar de não serem contos biográficos, você parte de uma experiência própria para transformar aquilo em literatura”, comentou.


A família desconhecia seu gosto pela escrita e de seus contos, guardados na gaveta que foi reunindo no seu primeiro livro “Sobre o tempo”, em 2012. Mas foi através do concurso promovido pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e Secretaria de Cultura do Estado (Secult), que seu nome vem ganhando destaque e reconhecimento na região Pernambucana.

Sua intenção ao inscrever o livro “Olho morto amarelo”, que reune onze contos, no concurso era ganhar a menção honrosa, entretanto uma mensagem no facebook causou espanto e muita alegria. Entre as 192 inscrições de 35 cidades pernambucanas, ele foi o vencedor e terá seu livro publicado pela Cepe Editora.

Homem tímido, que hoje se senti como escritor, e no ato apaixonado de escrever, tenta retrata a inquietação humana.
“Eu escrevo talvez, porque eu quero me conhecer, quero saber de quem de fato eu sou”


Por: Gisele Ramos



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